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Rios baixos no Pantanal deixam pescadores sem peixes

A situação, nos rios de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, é de muita escassez há alguns meses.

Sebastião Humberto da Silva, pescador do rio Cuiabá, tem na venda do pescado a sua fonte de renda e o sustento da família, mas agora a sua realidade está diferente.

“Este ano piorou muito a situação. Mesmo comprando para revender está difícil. Não tem peixe! Há três meses não vem nada do rio Cuiabá e com isso, somos obrigados a abastecer a venda com peixes de tanque. Pacu, piraputanga e pintado, que são os mais procurados, não têm”, lamenta.

Os rios Bugres e Paraguai, no município de Barra do Bugres , distante 176 quilômetros de Cuiabá, são rotas alternativas dos pescadores da Capital. Os mais ousados chegam a se deslocar para outros estados. Mas não são as mesmas espécies de peixes.

Em Mato Grosso do Sul, a situação é a mesma. Os catadores de tuvira, espécie utilizada como isca pelos turistas de pesca, andam quilômetros para conseguir encontrar pouca quantidade. Julho e agosto sempre foram os meses mais produtivos. Mas com o rio baixo, a tuvira desapareceu, afetando a renda dos pescadores.

Leonilda Aires de Souza, moradora da comunidade Barra do São Lourenço, relata em entrevista ao G1, que estão sobrevivendo de doações. “Não tem isca, não tem pesca, o peixe está muito ruim porque as baías e os corixos [canais] estão todos impedidos porque estão secos. Não tem como o peixe ir e vir porque não tem circulação de água. A dificuldade é imensa. Vivemos das doações que recebemos. Tentamos plantar alguma coisinha, mas está difícil de ir para frente”.

A Ecoa, organização-membro do Observatorio Pantanal, desenvolve projetos de sustentabilidade e conservação ambiental com pescadores e coletores de iscas vivas nas comunidades Porto da Manga, Barra do São Lourenço e Paraguai-Mirim no Pantanal de Mato Grosso do Sul. Desta forma, minimiza a situação de vulnerabilidade social destas comunidades, que nem sempre são vistas pelo poder público.

Saiba mais sobre o trabalho da Ecoa, acessando o site.

Com informações da Folha Max e Ecoa.

Foto: Jean Fernandes

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