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Projeto visa o reconhecimento internacional do Pantanal como destino de natureza

Foto: Bolivar Porto

Surgiu, no ano passado, uma iniciativa chamada Alto Pantanal, integrante do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), com o objetivo de tornar essa região do Pantanal um destino ecoturístico internacional. O Alto Pantanal considera o território entre as cidades de Corumbá (MS), Poconé (MT) e Cáceres (MT), que por sua vez representa a maior área de conservação desse bioma, com cerca de um milhão de hectares de áreas públicas e privadas dedicadas a produção da natureza.

O conceito “produção de natureza” é a base do projeto e foi trazido pelo biólogo espanhol Ignacio Jiménez Pérez, que coleciona experiências de casos de sucesso em países como África do Sul e Argentina, onde ajudou a transformar parques praticamente abandonados em verdadeiros destinos de natureza.

A proposta discute a possibilidade de agregar valor às áreas de conservação já existentes, sem desconsiderar as fazendas produtivas do entorno. “É preciso desconstruir a dicotomia conservação x produção para então ampliarmos as oportunidades de benefícios sociais e econômicos à região”, explica Pérez.

O Pantanal já é conhecido por suas belezas naturais, mas os idealizadores do projeto afirmam que ainda há espaço para que a cultura e a história, por exemplo, ofereçam oportunidades de desenvolvimento, emprego e orgulho para os moradores da região, em especial, as populações isoladas. E essa é a ideia – valorizar e divulgar para o mundo o que o bioma tem de melhor, que passa por essa relação harmônica de convivência entre homem e natureza há séculos.

O diretor de Relações Institucionais do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), Angelo Rabelo, explica que no ano passado várias ações foram realizadas como uma aproximação do trade turístico, com os fazendeiros, com comunidades ribeirinhas e com os indígenas.

Por conta da pandemia, assim como outros projetos, o Alto Pantanal sofreu algumas alterações em sua agenda, mas para o próximo ano, estão previstas várias ações. “Continuamos mantendo nossos canais de Comunicação, e também com a articulação com os principais atores envolvidos para que em 2021 possamos iniciar um processo de divulgação mais forte do projeto”, afirmou Rabelo.

Ele explicou ainda que serão concretizadas ações como a capacitação dos indígenas Guatós para o aprimoramento dos produtos artesanais, que deve trazer o reconhecimento, o orgulho e renda para essas comunidades isoladas do Pantanal e o programa de capacitação dos jovens para despertar neles a oportunidade de trabalhar com o ecoturismo em sua região.

Mais informações sobre a iniciativa podem ser encontradas no site http://altopantanal.com.br/ ou @altopantanalbrasil.

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