A pesca difusa é aquela praticada por pescadores amadores, moradores da região que não pernoitam fora de seu domicílio, portanto não são turistas e nem pescadores artesanais profissionais. É praticada para a subsistência, para eventual complementação alimentar, ou para lazer.
De acordo com o estudo Pesca Difusa na Região Hidrográfica do Paraguai (RHP), realizada pela Universidade de Brasília para os Estudos de Avaliação dos Efeitos da Implantação de Empreendimentos Hidrelétricos na RHP, são cerca de 23 mil pessoas que pescam quase todos os dias na Bacia do Alto Paraguai (BAP) e 183 mil que pescam de uma a duas vezes por semana. A maioria pesca em barrancos e rios próximos.
A pesca difusa significa segurança alimentar e renda indireta. O estudo apresenta que o valor médio da renda anual indireta de cada morador pescador varia de mil a 1.900 reais. Já o valor total anual da renda indireta da pesca difusa varia de 453 milhões a 2 bilhões. Ultrapassando a somatória das pescas artesanal e turística.
“Por seu caráter difuso e de autoconsumo, essa modalidade tende a ser desconsiderada em muitas análises, embora possua alta relevância no número de pessoas envolvidas e no valor que agrega como renda indireta”, traz o Estudo.
A pesca faz parte da cultura dos moradores dos municípios pantaneiros. “Cerca de 460 mil habitantes das grandes cidades BAP partilham a opinião de que a pesca é muito importante; mais de 159 mil nas cidades médias e cerca de 178 mil nas cidades pequenas. Os que a consideram como pouco importante não alcança 20% em cada um dos três grupos considerados”, conclui o estudo.
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Foto: Jean Fernandes / Ecoa