Com informações de IHP.
Pesquisadores do Instituto Homem Pantaneiro (IHP) e parceiros nas áreas da Rede de Proteção e Conservação da Serra do Amolar (RPCSA) registraram, por meio de monitoramento de fauna de mamíferos (mastofauna), a existência de 32 espécies de mamíferos na região do Amolar.
A pesquisa que foi realizada no período de março de 2018 a fevereiro de 2019 teve como objetivo monitorar a biodiversidade da RPCSA, com o apoio da Fundação Grupo Boticário. Com o uso de armadilhas fotográficas, foi monitorada a mastofauna da RPSCA buscando atualizar a lista das espécies ocorrentes na área de estudo; destacar espécies constantes nas listas oficiais de fauna ameaçada; e destacar espécies com distribuição restrita a outros biomas brasileiros.
De acordo com o Pesquisador e Coordenador do Projeto Felinos Pantaneiros do IHP, o médico veterinário Diego Francis Passos Viana o estudo foi realizado em doze campanhas de cerca de sete dias cada nas áreas de Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN), as fazendas Engenheiro Eliezer Batista e Acurizal, que são integrantes da RPCSA, além do Parque Nacional do Pantanal Matogrossense. As campanhas foram conduzidas por meio de busca ativa (registro de visualizações, vocalizações, tocas, rastros e fezes) nas trilhas e estradas da área de estudo e por meio de armadilhagem fotográfica, onde um número variado de unidades (13 a 14) foi instalado na área de estudo, preferencialmente ao longo das trilhas e estradas.
“Das 32 espécies de mamíferos registradas, três possuem distribuição restrita no Brasil e nove estão ameaçadas, o que demonstra a importância do mosaico de Unidades de Conservação para a conservação da mastofauna”, comentou o pesquisador Diego. Os mamíferos e seus vestígios foram identificados por meio do Guia de Rastros e outros vestígios de mamíferos do Pantanal de Paulo Borges e Walfrido Tomás, publicado em 2004.
Foto: Simone Mamede