Em um ano, o desmatamento cresceu mais de 15% no Pantanal. Os dados fazem parte do Relatório Anual do Desmatamento no Brasil (RAD 2021), publicado pelo projeto MapBiomas Alerta, no dia 18 de julho. O estudo comparou o período de 2020 a 2021 e identificou a perda de 28.671 hectares.
O Pantanal foi, pela segunda vez, campeão na velocidade do desmatamento. Cada evento avançou em média 11.200 m2/dia sobre a mata. A vegetação nativa mais atingida é a formação florestal com 48,6%; seguida da formação savânica com 30,8%.
O estudo não identificou desmatamento em Unidade de Conservação (UC) e a maior parte das áreas desmatadas estão localizadas em áreas privadas (94,1%). O restante se divide em terras indígenas (0,1%), assentamentos (0,6%), área pública (0,2%), vazio fundiário (4,7%) e infraestrutura urbana (0,3%). Em três anos, apenas uma área estava regularizada, ou seja possuía autorização para supressão da vegetação nativa, representando cerca de 0,04% do total.
Onze estados superaram a média de 100 hectares desmatados por dia ao longo de 2021, incluindo Mato Grosso do Sul, que, ao todo, teve aumento de 45% no desmatamento, ocupando a 13º posição entre os estados brasileiros. Foram identificados como vetores de pressão para o desmatamento, agropecuária, garimpo, mineração, expansão urbana e outros.
O MapBiomas, uma rede formada por ONGs, universidades e empresas de tecnologias, criou o MapBiomas Alerta com objetivo de contribuir para o fim do desmatamento no Brasil a partir de um sistema de validação, refinamento e geração de laudos de alertas de desmatamento em todo o país.
Clique aqui e baixe o RAD 2021.
Foto: Divulgação Polícia Militar Ambiental MS (PMA)