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Pantanal queimou menos em 2021, mas incêndios ainda são uma ameaça

Levantamento feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE indica que o número de focos de incêndio no Pantanal neste ano teve redução de 63% em relação a 2020. Os dados foram catalogados pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec/MS).

É importante ressaltar que apesar dos números terem diminuído, eles ainda permanecem altos. Os prejuízos ambientais e sociais foram enormes com os incêndios e os trabalhos de prevenção e combate foram intensos por parte das organizações da sociedade civil, proprietários rurais, empresários e governos estaduais e federal.

O ano de 2020 foi atípico, surpreendeu a todos e o fogo que consumiu 26% do bioma pode voltar a acontecer. Durante os incêndios foi possível perceber que não havia uma resposta rápida de combate, pois a quantidade de brigadas de prevenção e combate a incêndios florestais eram insuficientes e ainda faltava equipamentos adequados para o combate. 

Diante deste cenário as organizações da sociedade civil, que integram o Observatorio Pantanal, atuaram em diferentes frentes em seus territórios (Brasil, Paraguai e Bolívia) com o objetivo de prevenir e combater os incêndios para que 2021 não se repetisse.

Somente em 2021, as organizações-membro do OP formaram e equiparam cerca de 50 brigadas de prevenção e combate a incêndios no Pantanal trinacional. Também foram realizados levantamentos e mapeamento de informações estratégicas, produção de plano de ação, além de apoio à pesquisa, à recuperação e à conservação de áreas protegidas.

O trabalho de prevenção deve ser constante no Pantanal. Pois a falta das inundações e as secas recorrentes têm ocasionado o aumento da biomassa no Pantanal. Áreas que antes eram alagadas passaram a ser utilizadas para pastagem e a limpeza realizada com o uso do fogo, se não for feita da maneira correta, pode gerar grandes desastres.

Foto: Corpo de Bombeiros de MS

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