A Wetlands International Brasil e a Abink – Associação dos Brigadistas Indígenas da Nação Kadiwéu – entre os dias 30 e 31 de outubro, uma oficina de produção de mudas no Território Kadiwéu, situado no município de Porto Murtinho, Mato Grosso do Sul. A oficina teve como objetivo fortalecer os brigadistas da Abink e colocar em prática a recuperação de áreas de áreas degradas no Pantanal.
A oficina foi ministrada pelo indígena da etnia Terena, Fernando Gonçalves, que também é consultor em sustentabilidade do projeto Tumuné Úti (Nosso Futuro) na aldeia Imbirussu, localizada em Aquidauana (MS). A iniciativa faz parte do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas do TI Kadiwéu que está inserida no Programa Corredor Azul. As organizações membros do Observatorio Pantanal, Wetlands International e Mupan – Mulheres em Ação no Pantanal, são as coordenadoras do Programa Corredor Azul.
O Programa que tem sido crucial na comunidade visto que o Território Kadiwéu é uma rica área de biodiversidade do Pantanal que, nos dois últimos anos, viu grande parte da sua riqueza em flora e fauna ser engolida pelo fogo.
Só em 2020, 247 mil hectares do TI Kadiwéu foram atingidos pelas chamas sem controle, o que corresponde a 45,9% do total de todo esse território que possui 538 mil hectares, conforme um levantamento do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LASA/UFRJ).
Foto: Fernando Gonçalves
Com informações da Wetlands International