A seca que atinge o Pantanal não começou em 2021. Há dois anos pelo menos as instituições de pesquisa e órgão competentes estão anunciando, por meio dos dados coletados, que eventos climáticos extremos estão sendo registrados com mais frequência no Pantanal.
Diante desse cenário de mudanças, as organizações que fazem parte do coletivo Observatorio Pantanal, têm atuado no bioma com objetivo de mitigar os impactos e se adaptar a esta nova realidade.
Hoje, apresentamos o trabalho da WWF-Paraguai que atua no Pantanal paraguaio e desenvolve o projeto “Vida en el Pantanal”, executado no distrito de Carmelo Peralta. As ações do projeto têm como objetivo implementar condições para que ocorra um desenvolvimento sustentável e resiliente às mudanças climáticas, por meio da governança ambiental e participação de jovens e mulheres indígenas e não indígenas.
As iniciativas do projeto estão focadas principalmente em atividades que crie e fortaleça a resiliência às mudanças climáticas e o desenvolvimento de práticas sustentáveis. Na promoção e fortalecimento de associações de mulheres indígenas e campesinas e também na contribuição da formação dos jovens indígenas e não indígenas.
A atenção e preocupação é constante, porque a seca é uma ameaça natural e complexa que aos poucos invade o sistema socioeconômico e ambiental, com impactos significativos e extensos, causando mais mortes e deslocando mais pessoas do que qualquer outro desastre natural.
De acordo com estimativas da ONU, em 2025 cerca de 1,8 bilhão de pessoas sofrerão de escassez absoluta de água, e dois terços do mundo viverão em condições de escassez de água.
Foto: WWF-Paraguai