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Vários pontos de incêndios são registrados no Pantanal na primeira semana de julho

Aumento do número de focos de calor e os primeiros incêndios no Pantanal deixam as organizações da sociedade civil e instituições de combate em alerta. Segundo dados do ALARMES (Alerta de Área Queimada com Monitoramento Estimado por Satélite do LASA – Laboratório de Aplicação de Satélites Ambientais), desde o início do ano, o fogo já atingiu 58.600 hectares do bioma, sendo que esse número cresceu rapidamente nas últimas duas semanas. Nos últimos 7 dias, a média de área queimada por dia foi de 3.400 hectares.

No dia 1 de julho teve um incêndio a 20 km da cidade de Porto Murtinho, em Mato Grosso do Sul, e foram necessários dois dias para controlar as chamas. Já no dia 6, durante monitoramento, o Corpo de Bombeiros Militar registrou uma grande linha de fogo no Pantanal da Nhecolândia. Na manhã seguinte eles constataram que o fogo havia sido controlado. Entretanto, outros focos foram identificados na região conhecida como Paraguai-Mirim, localizada a 140 km da cidade de Corumbá. Duas equipes, que integram a Operação Hefesto (Deus do Fogo), realizaram o combate.

Diante desse cenário, a secretaria executiva do Instituto Homem Pantaneiro, organização-membro, do Observatorio Pantanal, Letícia Larcher, fez um pedido a todos que atuam na prevenção e no combate ao fogo no bioma. “Eu convido vocês brigadistas formados, brigadas estruturadas e todos aqueles que vem trabalhando com prevenção para estarem atentos. Porque agora é o momento que nós precisamos atuar, para evitar que tenhamos uma tragédia como a do ano passado. Nós do IHP, da Brigada Alto Pantanal, já estamos em campo”.

No Mato Grosso a situação não é diferente, os incêndios foram registrados próximos ao rio Cuiabá, em Barão de Melgaço, na região da Terra Indígena Baía dos Guatós, distante cerca de 15 km da divisa da Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN) Sesc do Pantanal e outro na região próxima ao Parque Sesc Baía das Pedras.

De acordo com informações do SESC Pantanal as equipes de brigadistas, juntamente com o Corpo de Bombeiros, estão monitorando a região para evitar e combater possíveis incêndios. Estão em intensa vigilância para que os focos não atinjam as unidades de conservação. Em 2020, a unidade do Polo Socioambiental Sesc Pantanal teve 93% da área de 108 mil hectares queimada.

Saindo da planície pantaneira, mas ainda na Bacia do Alto Paraguai (BAP), no município de Bonito também foi identificado uma linha de incêndio, no dia 7 de junho. As chamas foram localizadas no Banhado do Rio da Prata, área vizinha ao Parque Nacional da Serra da Bodoquena. A Fundação Neotrópica do Brasil, organização integrante do Observatorio Pantanal, está monitorando os incêndios via drone e mapa via satélite. Além de auxiliar com suprimentos e suporte os brigadistas do Parque e os bombeiros militares. Em três dias foram queimados 2.700 hectares e o fogo ainda não foi controlado.  

No dia 8 de julho, outro ponto de incêndio foi identificado na área rural de Bonito. Para combater as chamas no Morro do Mateus foi acionada uma força-tarefa montada por policiais militares ambientais, Defesa Civil e voluntários. O Corpo de Bombeiros está com a Operação Panemorfi para monitorar e combater os focos de incêndio nas regiões de Bonito, Jardim e Porto Murtinho.

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Foto: Corpo de Bombeiros Militar de MS

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