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Projeto desenvolvido no Pantanal se destaca por protagonismo feminino

No Brasil, as mulheres representam 51,8% da população, mas, em áreas rurais a desigualdade se traduz, por exemplo, no nível de educação e nas horas dedicadas ao trabalho.  Entretanto, o protagonismo feminino está cada vez mais presente na gestão dos recursos naturais. Temos diferentes iniciativas em desenvolvimento entre as organizações que integram o Observatorio Pantanal.

Nesta oportunidade apresentamos as ações desenvolvidas no bioma pela organização Mulheres em Ação no Pantanal (Mupan).  Ela é uma das executoras do Projeto Estratégias de Conservação, Restauração e Manejo para a Biodiversidade da Caatinga, Pampa e Pantanal (GEF Terrestre). A organização atua com ações socioambientais, como capacitações e educação ambiental, e na estruturação do projeto piloto Aquarela Pantanal, desenvolvendo a proposta na Reserva Particular do Patrimônio Natural SESC Pantanal.

O resultado do trabalho irá render um modelo para ser compartilhado e replicado por outras instituições. Pois, além de recuperar as áreas degradadas, também contribuirá para o fortalecimento das mulheres das comunidades por meio da capacitação e da geração de renda. 

Segundo Áurea, o processo de seleção das famílias para colaborar com a restauração e fazer a gestão da rede de sementes e mudas do Pantanal evidenciou o protagonismo feminino: entre as 10 famílias escolhidas, nove são comandadas por mulheres.

“Buscamos olhar para essas possibilidades e, com elas, entender a importância de ter essas lideranças também em suas comunidades, além do interesse e disponibilidade das mulheres de participar de processos formativos e de desenvolvimento”, afirma Áurea.

A iniciativa Aquarela Pantanal é co-executada pela Mupan, Wetlands International Brasil, Polo Socioambiental Sesc Pantanal, Centro de Pesquisa Pantanal (CPP) e Instituto Nacional de Ciências e Tecnologia em Áreas Úmidas (INAU). Conta com o financiamento do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) por meio do Projeto GEF Terrestre, que é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e tem o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como agência implementadora e o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO) como agência executora. Além de recursos do Programa Corredor Azul, com financiamento da DOB Ecology.

Histórico

A Mupan nasceu, em 2000, com objetivo de empoderar as mulheres e inseri-las na gestão de recursos hídricos. “Por questões culturais, os homens têm resistência para lidar com o envolvimento de mulheres. Por vezes, elas não têm oportunidade de participar ou, quando têm, não conseguem se manter nesses espaços. Nos projetos que propomos e executamos, consideramos sempre a inserção de mulheres na discussão como forma de ampliar a participação delas nos processos de gestão dos recursos naturais”, analisa Áurea Garcia, diretora geral da Mupan.

Desde então o trabalho desenvolvido se fortaleceu e ganhou escala. Há 21 anos a organização atua na Bacia do Alto Paraguai, principalmente nas regiões transfronteiriças do Pantanal, com ações voltadas para as temáticas de gênero, recursos hídricos e educação ambiental. E tem se tornado referência nacional na defesa da igualdade de gênero, por justiça social e melhor distribuição de recursos naturais.

Clique aqui e conheça as inciativas desenvolvidas pela Mupan.

Foto: Sesc Pantanal

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