O Pantanal é rico e complexo, formado também por biomas de outras regiões do Brasil e também da América Latina. Toda essa diversidade se traduz em variedade não só de paisagens, fauna, flora, mas também frutos. Deliciosos e principalmente nutritivos, eles não só alimentam, como são importantes fonte de renda para as populações e comunidades tradicionais, que têm no extrativismo e manejo comunitário seu principal modo de subsistência.
Guavira, bocaiúva, pequi, jatobá, jenipapo, mangaba, barú. Estes são apenas alguns dos muitos produtos da sociobidiversidade, produtos que consumimos que vêm das florestas.
Membro do Observatorio Pantanal, a Ecoa – Ecologia em Ação trabalha com o desenvolvimento local de famílias no Cerrado e no Pantanal. Apoia diretamente comunidades tradicionais por meio de projetos com agricultores familiares, extrativistas e ribeirinhos. A Rede de Mulheres Produtoras do Cerrado e Pantanal (CerraPan) é um destes projetos que visa empoderar e dar autonomia a estas mulheres, que colaboram também na ampliação da renda familiar, com vistas ao desenvolvimento de todo o coletivo.
A partir dos frutos, muitos produtos são pensados: sorvetes, polpas, geleias, pães, bolos, farinhas, e muito mais. Sem contar no barú, que é altamente nutritivo e pode ser comercializado in natura, apenas a sua castanha, como também pode ser processado e ser extraído o suco e licores.
Além disso, as comunidades locais sabem utilizar com muita sabedoria os recursos abundantes da natureza. Não raro se vê a confecção de artesanato a partir da madeiras e fibras de vegetação como taboa, carandá, broto de buriti, capim, bananeira, talo de coqueiro, camalote. Com a criatividade, tudo pode ser transformado e gerar renda.
O mais importante é que o trabalho com os produtos da sociobiodiversidade geralmente envolvem todo o núcleo familiar e com o apoio de organizações como a Ecoa, as pessoas têm a oportunidade de se capacitarem para manejar sustentavelmente estes recursos da natureza e deles extrair fonte de renda para sua subsistência e de suas comunidades.
Acesse o site da Ecoa para saber mais do trabalho dessa organização com os produtos da sociobiodiversidade.
Foto: Divulgação Ecoa