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Pantanal: uma análise dos incêndios de 2020 e 2021

O Instituto SOS Pantanal, organização-membro do Observatorio Pantanal, apresenta uma análise, baseada em dados científicos, do que mudou de 2020 para 2021 em relação a ocorrência dos incêndios no Pantanal. Confira!

Os dados de satélite são claros ao mostrarem que os incêndios de 2020 no Pantanal foram os piores da história do bioma, resultando em mais de 26% de seu território consumidos pelo fogo, atingindo principalmente o Pantanal norte (Poconé, Barão de Melgaço e Cáceres), e a Serra do Amolar no Pantanal sul. Já em 2021, apesar de proporções menores, mais de 9% do bioma foi consumido pelo fogo, desta vez, concentrados principalmente no Pantanal sul, na região de Corumbá, Miranda e Aquidauana.

Área total queimada

No ano de 2021 o Pantanal teve 1.358.225 hectares (9% do bioma) consumidos pelas chamas, um valor 65,25% menor comparado a totalidade de área queimada do ano de 2020, que teve o total de 3.909.075 hectares (26% do bioma) queimados. Os dados de 2021 são valores aproximados, pois serão refinados no começo de 2022 para maior exatidão. Fonte: LASA/UFRJ.

 

Mapa: João Dias Scremin

Alguns fatores influenciaram esta diminuição de área queimada, como:

1) Diminuição de matéria orgânica disponível: Os locais que haviam queimado em 2020 não possuíam a mesma quantidade de matéria orgânica, por isso as chances de grandes incêndios nestas mesmas áreas foram menores. Ao mesmo tempo, podemos observar no mapa que muitas áreas que não haviam queimado em 2020 foram consumidas pelo fogo em 2021.

2) Mais investimentos para órgãos do Estado: Instituições como o Corpo de Bombeiros do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e Ibama/Prevfogo, receberam um reforço no orçamento, que possibilitou o emprego de mais equipamentos e mais combatentes no enfrentamento das chamas, permitindo uma rápida resposta aos focos de calor. Aviões estavam prontos para o combate assim que a temporada de incêndios começou, aumentando a eficiência nos combates.

3) Formação de brigadas de incêndio: Diversas instituições não governamentais e propriedade rurais investiram na capacitação de brigadistas, assim como na aquisição de equipamentos de proteção individual (EPI) e de combate ao fogo. Uma das iniciativas foi o Programa Brigadas Pantaneiras, criado pelo SOS Pantanal, onde ajudamos a estruturar 24 brigadas espalhadas em diversos pontos da planície e planalto. Trabalhamos em parceria com outras instituições e propriedades rurais para alcançarmos esse objetivo.

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Fonte: Instituto SOS Pantanal

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