No dia 8 de março teve início um incêndio na região do Pantanal Sul conhecida como Passo do Lontra. A área fica próxima da Estrada Parque Pantanal, no município de Corumbá, Mato Grosso do Sul. De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar de MS, este é o registro mais grave deste ano. Para conter os focos de calor, foram mobilizados brigadistas e bombeiros de Corumbá, Aquidauana e Campo Grande.
A grande mobilização para controlar as chamas foi necessária para evitar que o calor e o fogo atingissem casas de pessoas que vivem em algumas comunidades, bem como áreas de propriedades rurais. Outra preocupação foi o risco de pontes de madeira poder queimar, o que destruiria acessos necessários para o trânsito de pessoas e cargas na região.
Geralmente, março é um mês chuvoso. Porém, neste ano, no Pantanal Sul, elas estão escassas e o nível dos rios não subiram como esperado. A previsão é que MS deve enfrentar uma estiagem ainda mais severa e alto risco de incêndios no bioma.
De acordo com os dados do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM), emitido no dia 4 de março, a precipitação de chuvas na região sul da Bacia do Alto Paraguai (BAP) está abaixo da média esperada. Na estação de Forte Coimbra, localizada no município de Porto Murtinho, foi registrado apenas 26 cm de precipitação, enquanto a média histórica é 201 centímetros. Ladário, Porto Esperança, Miranda, Palmeiras e Porto Murtinho também seguem esse padrão. A única estação que apresentou registro maior do que o esperado foi Coxim, que atingiu 418 cm e a média é de 354 e Aquidauana.
O monitoramento e o alerta dos órgãos competentes e da sociedade civil são constantes. Mais um ano de seca requer atenção redobrada, devido aos riscos de incêndios. As ações de prevenção como a manutenção de aceiros e treinamento para brigadas já estão em andamento pelas organizações-membro do Observatorio Pantanal no Brasil, Bolívia e Paraguai.
Foto: Gretap-MS