No dia 5 de outubro, o Instituto Homem Pantaneiro (IHP) lançou, durante uma live, o Plano Operativo de Prevenção e Combate a incêndios florestais na Serra do Amolar. O plano, feito com base no Roteiro Metodológico do PrevFogo/Ibama, tem como objetivo nortear as ações de combate aos incêndios, mas também como preveni-los. A intenção é que, anualmente, o documento seja atualizado.
O Observatorio Pantanal assim como suas organizações-membro, SOS Pantanal, Instituto Arara Azul e Wetlands International Brasil, colaboraram com a produção do documento. A peculiaridade da região, que ainda tem a logística como principal desafio, tanto para a população quanto para quem atua na prevenção e combate a incêndios florestais foi um dos requisitos considerações na elaboração.
Apesar do lançamento ter ocorrido esta semana, o plano já está em execução na região da Serra do Amolar. “É um plano inacabado. Ele tem que ser aperfeiçoado todos os dias, com a humildade de recebermos as informações e a sabedoria de sabermos usá-las”, afirmou o presidente do IHP, coronel Ângelo Rabelo, durante o lançamento.
A caracterização da área, histórico de ocorrência de incêndios, infraestrutura da Rede Amolar, complementaridade de sistemas de alertas associados a medidas de prevenção e combate de incêndios, áreas prioritárias para prevenção e combate, atividades de prevenção e combate ao incêndio são os itens que compõem o plano operativo.
De acordo com a secretária-executiva do IHP, Letícia Larcher, durante as discussões para elaboração do documento foi entendido que a prevenção era o mais importante para a região do Amolar. “As condições climáticas e outros indicativos nos mostravam que teríamos novas temporadas de fogo. Sem dúvida alguma, a criação da Brigada Alto Pantanal colaborou para que tivéssemos um período de planejamento de ações. Até 2020, investíamos mais no combate do que na prevenção. Por isso, em janeiro, já começamos com a prevenção”, explicou.
Márcio Yule, coordenador do PrevFogo/Ibama em Mato Grosso do Sul, lembrou que as informações são primordiais para a definição de estratégias. “Detectar a causa de um incêndio possibilita resolvê-lo. Levantar a causa, ter perícia nas áreas, identificar áreas de risco e áreas prioritárias na proteção também é necessário. A Serra do Amolar, que é extremamente preservada, é prioritária nas ações de combate a incêndios florestais. Esse documento vai propiciar que a gente minimize o risco de incêndios florestais”, garantiu.
Para 2022, a intenção é aprimorar o plano. “Precisamos aprimorá-lo de diversas formas e isso só é possível se estabelecermos parcerias. Um quesito que ficou de fora e precisa entrar no plano operativo é o resgate de fauna”, adianta a secretária-executiva do IHP.
O plano foi elaborado pelo IHP, UFMS, Rede de Proteção e Conservação da Serra do Amolar, Rede Pantanal – PPBio, PELD, Cemaden, PrevFogo/Ibama, LASA/UFRJ e Brigada Alto Pantanal. Entre os colaboradores, estão ICMBio/MMA, Documenta Pantanal, Reserva da Biosfera do Pantanal, Observatório Pantanal, SOS Pantanal, Instituto Taquari Vivo, Finep, Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, Wetlands International, UFMG, INPP, Instituto Arara Azul, Gretap MS e Embrapa Pantanal.
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Com informações da Assessoria de Comunicação do IHP
Foto: Instituto Homem Pantaneiro