“Jaguaretê-Avá: Pantanal em Chamas” será lançado na próxima sexta-feira, 12 de novembro, Dia do Pantanal. O filme do documentarista da natureza, Lawrence Whaba, conta a história do pior incêndio já ocorrido no Pantanal, quando cerca de 30% do bioma foi queimado em 2020.
O filme mostra a resiliência do Pantanal a partir da onça-pintada. Ecologicamente, um bioma tem que estar totalmente equilibrado para sustentar seu predador de topo. Algumas onças, em particular como Amanaci, Ousado e Ague, afetadas pelos incêndios, têm suas histórias retratadas.
A produção é de Jefferson Pedace e é exclusivo da Globoplay. Com mais de 100 horas de material captado (pela equipe do documentarista e por terceiros), a produção consumiu 13 meses de trabalho desde a primeira até a última gravação.
O Observatorio Pantanal recomenda o filme, mesmo antes de sua estreia, porque sabe da importância que a obra tem para a conservação do Pantanal, maior planície alagada do mundo. Pois todo valor arrecadado com a venda do filme será doado para Brigada Alto Pantanal e para o SOS Pantanal. Além de ser uma ferramenta de sensibilização ambiental fantástica.
Apoio
Segundo o documentarista, o trabalho foi totalmente independente, como nunca havia feito, financiando as viagens do próprio bolso ou com apoio de ONGs e profissionais trabalhando voluntariamente. Mas essa era uma história que precisava ser contada.
Depois das filmagens, a Documenta Pantanal o ajudou a captar recursos com pessoas físicas e empresas para financiar a pós-produção, que conta com imagens feitas por voluntários, veterinários, brigadistas, pescadores, guias e cineastas independentes, totalizando 20 cinegrafistas amadores e profissionais.
“Apesar de ser construído a partir de um mosaico de imagens, um time de profissionais de primeira linha me ajudou a contar essa história, entre eles, o premiado produtor francês Emmanuel Priou, que venceu o Oscar por ‘A marcha dos Pinguins’ e nos prestou consultoria internacional. O documentário traz minha visão de dentro dos incêndios do Pantanal, daquele cenário de guerra. Mas também traz a força da corrente que se formou para ajudar o Pantanal e a contar essa história. O planeta está sendo destruído e não podemos ficar indiferentes a isso “, diz Lawrence.
No processo de produção, o cineasta passou dez semanas – ao longo de quatro expedições às regiões de Miranda, Serra do Amolar, Porto Jofre, Transpantaneira, Parque Nacional do Pantanal e Parque Estadual Encontro das Águas – com brigadistas, veterinários, voluntários e pesquisadores, registrando a luta pela vida e pela recuperação do bioma.
A trilha sonora assinada por Fabio Cardia conta com 39 músicas criadas para o filme, que abordam 20 diferentes temas. É uma trilha minimalista que utiliza instrumentos étnicos e regionais, como viola caipira, flauta baixo, berimbau e tambores, além de spots misturados com sintetizadores e samplers.
Com informações do Campo Grande News