O aplicativo, importado de Londres pela ECOA, trabalha com a metodologia Ciência Cidadã
Desde novembro de 2015, a Ecoa tem colaborado no engajamento de pessoas para um mundo mais verde, a partir de tecnologias inovadoras. Trata-se do projeto “Ciência Cidadã: assegurando a vida, a floresta e o carbono na terra”, que teve início com financiamento do programa Itaú Eco Mudança/Ekos Brasil. O objetivo é o reflorestamento de Áreas de Preservação Permanente (APPs) em em assentamentos rurais dos biomas Cerrado e Pantanal de Mato Grosso do Sul, visando uma redução na quantidade de carbono na atmosfera e o aumento da eficiência hídrica dos locais atendidos.
Para o projeto, foi importado direto da University College London um aplicativo para celular denominado Sapelli, que permite que qualquer pessoa ajude no monitoramento e mapeamento de recursos naturais. A Ecoa adaptou a ferramenta aos assentamentos rurais no Mato Grosso do Sul, focando no mapeamento de áreas que seriam importantes para serem reflorestadas. Assim, os assentados poderiam mapear aquelas áreas que eles consideram mais relevantes e com maior chance de sucesso no reflorestamento.
Como se trata de uma ferramenta bastante versátil, ela pode ser utilizada também para mapear, monitorar áreas onde as comunidades trabalham com o extrativismo, pesca, entre outros, sempre pensando no interesse público, já que é uma metodologia de Ciência Cidadã.
Toda essa informação gerada cria um banco de dados científicos que pode ser importada, gerando tabelas e gráficos a serem estudados pelos pesquisadores envolvidos no projeto para melhorias da qualidade de vida das famílias tradicionais da região.
De acordo com o diretor científico da Ecoa, Rafael Chiaravalloti, o projeto extremamente relevante, tanto para as pessoas, quanto para os pesquisadores. ” O Ciência Cidadã permite que o conhecimento tradicional das populações que estão no Pantanal há quase 8 mil anos seja traduzido em dados científicos; torna possível a participação social das pessoas na Ciência e promove um aprendizado mútuo entre as comunidades e os cientistas”, explica.
Para mais informações, acesse o site da ECOA.