Iniciaram as atividades para restaurar 58 hectares na APA Baía Negra, localizada em Ladário, MS. A iniciativa é da ong ECOA e nesta primeira visita contou com a participação dos pesquisadores do Laboratório Ecologia da Intervenção (LEI), da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, para realizarem avaliação e diagnóstico dos locais a serem restaurados nas próximas etapas. Ambas as organizações integram o Observatorio Pantanal e suas ações contribuem diretamente com a conservação do bioma.
O projeto terá 32 meses e irá recuperar áreas degradas pela mineração e pela invasão da Leucena, uma espécie exótica que impede a sobrevivência de outras plantas. Além disso, o projeto também prevê a proteção de duas nascentes da região. Com a vistoria inicial, foi possível determinar as próximas ações a serem realizadas no âmbito do projeto. Em setembro, devem ser inicializadas três etapas simultaneamente: o controle de leucenas, a formação da comunidade para monitoramento de áreas recuperadas e a articulação com o Poder Público para recuperar o solo das áreas de mineração.
Os moradores da APA Baía Negra também participam ativamente dos próximos passos do projeto, desde a contratação para prestação de serviços, à qualificação, capacitação e ao monitoramento para obtenção de informações. Lideranças da comunidade devem passar por treinamento sobre técnicas de reflorestamento e atuar com a metodologia Ciência Cidadã através da utilização do aplicativo Sapelli, software de coleta de dados, que deve ser adaptado às atividades de restauração da área.
Foto: Aguinaldo Silva/ECOA