O Rio Paraguai é um dos principais responsáveis pela vida no Pantanal, pois é o maior contribuinte do pulso inundação da planície. E, mesmo com tamanha importância para o bioma, está sob constante ameaça.
Aproveitamos a data de celebração, Dia do Rio Paraguai, 14 de novembro, para reforçar e alertar a todos sobre o projeto da hidrovia Paraguai-Paraná, uma ameaça real e constante. Com foco no desenvolvimento econômico de alguns setores, o projeto trará prejuízos ambientais, sociais e culturais.
O Observatorio Pantanal, por meio das suas organizações-membros, monitora os processos das diversas tentativas do poder público de implementar o projeto da hidrovia e se posiciona contrário, em defesa da vida, com embasamento científico e jurídico.
Para compreender mais sobre o projeto da hidrovia recomendamos a leitura do artigo “O fim de um bioma inteiro? A maior área úmida do mundo, o Pantanal, está ameaçada pelo projeto Hidrovia, cuja capacidade de suportar a navegação em larga escala de forma sustentável é duvidosa”, publicado, em novembro, na revista The Science of The Total Environment.
A pesquisadora Débora Calheiros, representante do Fórum Nacional da Sociedade Civil nos Comitês de Bacias Hidrográficas (FONASC.CBH) e membro do Observatorio Pantanal, é uma das autoras do artigo e reforça a necessidade de controle social frente ao projeto.
“Nós precisamos que toda sociedade fique atenta e se posicione contra essa proposta nas instâncias de discussão pública. Temos leis e recomendações técnicas nacionais e internacionais que protegem o rio Paraguai e o Pantanal. São milhares de vidas que dependem da conservação das áreas úmidas. Na verdade trata-se de um dever constitucional, do poder público e de toda coletividade conservar o principal rio do bioma Pantanal, nosso Patrimônio Nacional!”, ressalta a pesquisadora.
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Foto: Jean Fernandes