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Incêndios no Pantanal Sul confirmam forte estiagem

Desde a segunda semana de julho os focos de incêndios iniciaram no Pantanal Sul, nos municípios de Aquiaduana e Corumbá, em Mato Grosso do Sul. No final de semana os combates se intensificaram nas regiões do Abobral, Nabileque e Paraguai-Mirim. Ao todo, 25 militares realizaram o trabalho de controle das chamas e seguem monitorando.

E o mais preocupante é que esse ainda não é o pico da estiagem na região. Como já era previsto, o Pantanal Sul está mais seco e também mais propenso a queimar. As chuvas que eram esperadas no primeiro semestre não ocorreram. Em abril, choveu 50% abaixo do esperado.

A variação se deve à atuação do La Niña, que ocorre devido ao resfriamento das águas do Oceano Pacífico e, por consequência, gera mudanças nos padrões de circulação atmosférica que impactam no regime das chuvas de todo Continente. Além disso, as temperaturas do ar tendem a ser mais altas e baixa umidade relativa do ar devido à ausência ou menor cobertura de nuvens. Há probabilidade de 73% que o fenômeno tenha continuidade.

De acordo com Leonardo Gomes, diretor-executivo do SOS Pantanal e organização-membro do Observatorio Pantanal, o resultado no Pantanal é uma condição de solo muito seca e biomassa acumulada muito intensa. Também ressalta há a perspectiva da repetição pelo terceiro ano seguido do fenômeno La Niña, que é um fenômeno que não se repete há três anos seguidos há 70 anos.

Devido a baixa umidade do ar nos próximos dias, o Corpo de Bombeiros de Corumbá fará nesta semana uma campanha de sensibilização que será veiculada nas rádios AM e FM com cobertura nas mais diversas regiões do Pantanal. O objetivo é informar a população e alertar sobre os riscos de incêndios.

Incêndios aumentaram 26% em relação a 2021

Mas os números no Pantanal de MT e MS são alarmantes. Desde janeiro, já são 717 focos de calor, e o Pantanal perdeu mais de 123 mil hectares, aumento de 26% em relação ao mesmo período do ano passado. O levantamento é do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da UFRJ e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.

Estamos todos em alerta!

Com informações do G1

Foto: Corpo de Bombeiros Militar de MS (registro de 2021)

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