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Ongs pedem avaliação de áreas úmidas do Pantanal no Brasil, Bolívia, Paraguai

Por ECOA

A atual situação do Pantanal motivou o envio de um manifesto para o secretariado da Convenção Ramsar, um importante acordo internacional feito para proteger as áreas úmidas. O documento foi organizado pela Ecoa, o Centro de Diversidade Biológica e a Associação Interamericana de Defesa Ambiental (AIDA) e no Dia Internacional das Zonas Úmidas, 2 de fevereiro. Além do Secretariado, o material também foi encaminhado para representantes dos governos do Brasil, Paraguai e Bolívia, países onde o Pantanal está localizado.

O intuito da carta é buscar apoio para enfrentamento de ameaças enfrentadas pelo Pantanal, considerado a maior área úmida do mundo. São citadas questões como os incêndios, desmatamento, obras de infraestrutura como represas e hidrovia, além de dificuldades enfrentadas por povos tradicionais pantaneiros. “É uma provocação para que aterrissem de maneira muito mais concreta e presente no Pantanal, para explicar melhor o que está acontecendo. A gente espera que resulte em políticas públicas e apoio para frear alguns desses processos depredatórios de grande impacto”, explica André Luiz Siqueira, diretor presidente da Ecoa.

Além de apresentar os problemas, o documento também solicita uma Missão Consultiva de Ramsar. Segundo o documento, ideia é promover uma “visita de especialistas internacionais que dariam recomendações para superar as condições que geram risco para a conservação e uso racional do Pantanal, com o objetivo de desenvolver medidas inovadoras de manejo e proteção”. A visita deve ser destinada para seis áreas do Pantanal de importância internacional, inclusas na lista de proteção da Convenção Ramsar.

As áreas citadas do documento são o Pantanal boliviano, a Reserva Particular do Patrimônio Natural SESC Pantanal, a Reserva Particular da Fazenda Rio Negro, o Parque Nacional do Pantanal Matogrossense, a Estação Ecológica Taiamã e o Parque Nacional Rio Negro, localizado no Paraguai.

A biodiversidade e riqueza ecológica do Pantanal é incalculável. Foram identificadas pelo menos 3.500 espécies de plantas, 600 pássaros, 150 mamíferos, 175 répteis, 40 anfíbios e 300 peixes. Muitas dessas espécies se encontram em risco de extinção em outras regiões, como o tuiuiú, a onça-pintada, o veado pantaneiro, a lontra e a arara-azul. O Pantanal também é lar da maior concentração de indivíduos de algumas espécies, como a onça-pintada e o jacaré.

Clique aqui para ler a Carta

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