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Seca histórica transforma paisagem pantaneira e atrai banhistas

Brasileiros e paraguaios aproveitam as praias que se formam com o baixo nível do Rio Paraguai na cidade de Porto Murtinho, MS. Foto: Toninho Ruiz.

O baixo nível do rio Paraguai tem transformado suas margens, antes um pouco inóspitas, em praias atraentes. A nova paisagem, no município de Porto Murtinho (MS), tornou-se área de lazer e tem atraído banhistas brasileiros e paraguaios.

As praias que aparecem nas imagens estão localizadas no lado paraguaio, entre as cidades Isla Margarida e Carmelo Peralta. Segundo o repórter-fotográfico Toninho Ruiz, já é possível fazer a travessia a pé nesta área por conta da seca. Com o calor intenso, a população têm recorrido ao local, especialmente nos finais de semana.

O nível do rio Paraguai na estação de Porto Murtinho é de 0,83m. No ano passado, neste mesmo mês, estava 1,23m. O rio continua atingindo os menores valores mínimos já registrados neste período do ano. Segundo especialistas, 2021 têm sido um dos anos mais críticos em relação à seca, apresentando os menores índices em 121 anos, o que prejudica uma mudança significativa na paisagem.

As informações são Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM), divulgados na 5ª Reunião da Sala de Crise do Pantanal, promovida pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), no dia 6 de outubro. Os dados indicam expectativa de chuvas acima do esperado na região, com a transição para estação chuvosa dentro da normalidade. No entanto,

“Neste momento, essa é a quinta pior seca da história da região. Pela tendência atual, é possível que o rio alcance níveis históricos como aqueles de 1964, quando o rio atingiu a cota de menos 61 centímetros”, destaca o hidrólogo e pesquisador em Geociências do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM), Marcus Suassuna Santos.

A meteorologista do Grupo de Previsão de Tempo no Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Caroline Vidal, apresentou mapas de anomalia de precipitação de chuva no Brasil, neste semestre, entre os meses de julho e setembro.

A especialista explica que as chuvas estão abaixo da média e que o período é um dos mais secos desde 2010: “Onde há chuvas abaixo da média, há temperaturas acima do padrão. A tendência é que as chuvas concentradas no norte do país migrem para o centro-oeste e sudeste”, disse.

O pesquisador meteorologista do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN), Giovanni Dolif, destacou a situação meteorológica na região do Pantanal, comparando ao mesmo período ano passado, indicando que este mês registrou menor déficit de chuva do que no mesmo período de 2020.

Com informações do G1MS

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