“Uma luz no final do túnel” – esta frase popular cabe muito bem na atual situação das comunidades ribeirinhas do Pantanal. As famílias que estão passando por momentos difíceis, devido à seca prolongada, os incêndios de 2020 e a pandemia, começaram a receber a instalação da tão sonhada energia elétrica.
A instalação dos microssistemas individuais de geração solar fotovoltaica e armazenamento da energia excedente em baterias começou em julho. O objetivo do projeto é que o fornecimento de energia seja ininterrupto, mesmo durante a noite e em dias chuvosos ou nublados, quando há pouca incidência da luz solar. A iniciativa, que tem um investimento de 134 milhões de reais, é do Grupo Energisa e Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
O projeto Ilumina Pantanal levará energia solar para mais de 2 mil moradias, localizadas em pleno Pantanal sul-mato-grossense, até dezembro deste ano. O Instituto Homem Pantaneiro (IHP), organização-membro do Observatorio Pantanal, é parceiro e beneficiário do programa.
O Instituto que atua no Pantanal com o objetivo de preservar e recuperar o bioma, respeitando à história e a cultura local, é parceiro do programa e fornecerá apoio logístico para as equipes. “O IHP traz um apoio técnico e logístico fundamental para a Energisa. O Instituto tem um conhecimento profundo tanto das comunidades, como das localizações e dos acessos também”, explica o Gerente do Projeto Ilumina Pantanal, Heber Selvo.
As unidades do Instituto que receberão sistemas de energia serão as bases das RPPN Acurizal, Novos Dourados e Serra Negra. A última, é onde funciona a base de apoio à Brigada Alto Pantanal. “O IHP se sente muito honrado em participar desse projeto revolucionário que irá beneficiar as comunidades. Nós teremos condições melhores de trabalho dentro das reservas que tem um papel fundamental para proteção da biodiversidade, onde a ciência se faz presente. IHP está a muito feliz com a oportunidade de participar e usufruir de algo que com certeza fará diferença para o futuro e na conservação dessas áreas”, ressalta Ângelo Rabelo, presidente do Instituto.
A energia trará qualidade de vida para os moradores das comunidades isoladas e melhores condições de trabalhos para as escolas e instituto de pesquisa e conservação. A instalação dos equipamentos não terá custo, mas será cobrada taxa de consumo como tarifa de baixa renda.
Com informações do Instituto Homem Pantaneiro.
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Foto: Ecoa