Dia 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente. Este é um ano decisivo para a biodiversidade e para a emergência climática, de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).
Em vista da pandemia que o mundo enfrenta, causada pelo COVID-19, hoje, mais do que nunca, percebe-se que as soluções baseadas na natureza oferecem a melhor maneira de alcançar o bem-estar humano, enfrentar as mudanças climáticas e proteger o planeta. Mas a natureza está em crise, com um grande número de espécies à beira da extinção enquanto as temperaturas globais continuam aumentando.
O ano de 2020 é o “grande ano” para o meio ambiente, e são necessárias ações urgentes para colocar o mundo no caminho de um futuro mais sustentável.
Em especial para o nosso Pantanal, é preciso pensar em projetos de conservação que protejam a biodiversidade pantaneira, que conciliem o desenvolvimento cada vez mais sustentável das comunidades por meio do ecoturismo e das produções que levam em conta os impactos ambientais.
Felizmente, existem vários projetos em curso no Pantanal que visam proteger e preservar as diversas espécies que lá habitam, como você já deve conhecer. Mas hoje queremos falar de uma organização em especial, o Instituto de Conservação de Animais Silvestres (ICAS).
Fundada em 2016 pelo biólogo Arnauld Desbiez, a entidade trabalha atualmente com dois importantes projetos. Um deles, o Tatu Canastra, pesquisa de longo prazo que estuda esse animal e tenta mitigar as diferentes ameaças para a espécie no Mato Grosso do Sul (Pantanal e Cerrado) e agora foi expandido para a Mata Atlântica (Parque Estadual do Rio Doce).
De acordo com Arnauld, quando iniciaram o projeto, pouco se sabia sobre a espécie. Hoje, as informações sobre o comportamento da maior espécie de tatus, a Priodontes maximus, ajuda também a conservar outras espécies. “Sabemos que a conservação desse animal ajuda também na conservação do resto da fauna, que compartilha do mesmo habitat”, explicou.
Além do Tatu Canastra, o Instituto deu início em 2017 a outro projeto, o “Bandeiras e Rodovias”, que estuda a problemática do tamanduá-bandeira e as estradas por conta dos atropelamentos.
Graças a pesquisas e projetos como o do Arnauld, as espécies pantaneiras têm mais chances de sobreviver, se desenvolver e manter suas populações saudáveis na natureza. É um Pantanal vivo, rico e diverso que queremos deixar para as futuras gerações. Um bioma onde homem e natureza possam conviver em harmonia, em que comunidades locais possam viver de forma sustentável e digna e que mais pessoas possam conhecer as belezas dessa região por meio do ecoturismo responsável e contemplativo.
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