Uma cena triste, que demonstra o descaso com o desmatamento ao longo de décadas, que também assola o Pantanal brasileiro, considerado o bioma mais preservado do Brasil. Visto por alguém que nunca o conheceu, parece uma estrada como tantas outras. Mas para quem ali vive, ou já conheceu, sabe que é o leito de um dos maiores rios pantaneiros, mas também o mais agredido pelos sedimentos oriundos da devastação do cerrado que cobria o planalto fronteiriço ao Pantanal e seus principais afluentes. Estamos falando do rio Taquari, que hoje possui 150 quilômetros sem água. Uma secura que transformou não só a paisagem, mas a vida de quem mora e depende dele.
No rio em que navegaram os bandeirantes no século XVIII, que também já foi cenário de embarcação de gado, hoje não há espaço para o barco. É possível chegar de carro e percorrer estes 150 quilômetros, que o gado percorre pela areia. Dura realidade que expõe as dificuldades dos ribeirinhos que têm que lidar diariamente com a secura e com a falta de água, até para o consumo.
Este é um dos maiores desastres ambientais da história do Brasil, cujo processo tem ocorrido nos últimos 30 anos, sem muita atenção do poder público.
Acompanhe agora a reportagem que foi ao ar no Jornal Nacional.
Aproveite para conhecer o Instituto Agwa, organização que trabalha para a recuperação do rio Taquari.