Publicação passará a ser internacional, com tradução para o inglês e espanhol
As simpáticas queixadas ilustram a capa da quinta edição da revista Ciência Pantanal, lançada no último dia 12 de novembro, Dia Nacional do bioma. A apresentação oficial ocorreu de forma simultânea em Brasília (DF) e em Campo Grande (MS), durante eventos em homenagem à maior planície alagável do mundo.
No Distrito Federal, os exemplares impressos foram distribuídos durante o Seminário Dia do Pantanal, realizado na Câmara dos Deputados. Já no Mato Grosso do Sul, o novo volume foi divulgado durante o Simpósio de Uso Público em Parques do MS.
De acordo com a idealizadora do projeto, Alexine Keuroghlian, esta edição traz uma novidade que representa um marco na história da revista, já que será traduzida para o inglês e o espanhol. “Agora podemos dizer que a revista se tornou internacional porque inclui o Pantanal da Bolívia e do Paraguai, e chegará a mais pessoas, não só do Brasil, mas de fora também, e isso é muito especial ”, comenta Alexine.
A pesquisadora que atua há mais de 20 anos na região da Bacia do Alto Paraguai (BAP) explica que a revista surgiu a partir de demandas dos proprietários de terras privadas e da comunidade pantaneira em ter acesso ao conhecimento produzido no bioma. “Percebemos uma lacuna entre os cientistas e comunidade local, por isso a primeira edição foi uma tentativa de reunir informações de estudos e pesquisas e traduzir isso em uma linguagem acessível para todos que não são acadêmicos”, complementa.
Assim surgia então, em 2014, a revista Ciência Pantanal, com o objetivo de integrar saberes tradicionais e científicos e divulgar estas informações aos moradores da região e demais interessados na cultura e conservação do bioma. Hoje, os tópicos são muito variados e além de abranger as temáticas fauna e flora, passou a incluir também cultura, antropologia, políticas públicas, iniciativas privadas, ferramentas para o produtor rural que promove sustentabilidade, entre outros.
A publicação foi criada inicialmente pela WCS Brasil (Associação Conservação da Vida Silvestre), e desde o ano passado é organizada pelo WWF-Brasil. Para Júlio Sampaio, coordenador do Programa Cerrado Pantanal do WWF, e também membro do Observatorio Pantanal, a revista é uma das principais fontes de saberes do bioma e representa uma grande ferramenta de comunicação, já que é feita e escrita por pessoas que conhecem e vivenciam a região. “É preciso conhecer para conseguir preservar. Conhecer os processos, as ameaças ao Pantanal e a sua importância enquanto bioma é fundamental para que possamos alcançar a conservação desejada para essa região”, explica.
A distribuição da revista impressa é gratuita e a versão digital está disponível aqui.