Via Câmara dos Deputados
Especialistas apontam que pequenas centrais hidrelétricas instaladas em quantidade numa só bacia podem provocar efeitos ambientais, econômicos e sociais negativos. A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara, em conjunto com a Comissão de Direitos Humanos e Minorias, realizou um debate sobre o assunto nesta terça-feira (29).
Foram examinados os casos do Alto Rio Paraguai, Pantanal, Juruena e Médio Tapajós, da Chapada dos Veadeiros e da Bacia do Tocantinzinho; além de um projeto de lei que cria um procedimento simplificado, em uma única fase, para o licenciamento ambiental de pequenas centrais hidrelétricas (PL 1962/15).
Essas usinas são vistas, de forma geral, como tendo baixo impacto sobre o meio ambiente, mas o diretor do Instituto Ecologia e Ação, Alcides Faria, discorda e cita o exemplo do Alto Paraguai, com 52 centrais desse tipo em operação e mais de 100 previstas para serem construídas.
“A atividade que mais gera trabalho e renda no Pantanal é a pesca, mas quando você constrói uma represa, qual a consequência mais imediata? Você impacta a produtividade de peixes. Principalmente os peixes migratórios, as espécies mais procuradas, as espécies do ponto de vista econômico mais importantes”, alertou.